quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Paixão

Hoje o post vai ser só pra compartilhar um sentimento.

O ano letivo chega ao fim; mais uma semana e meus pequenos se vão! É claro que eu preciso com urgência dessas férias que estão chegando, mas já estou ficando com o coração apertado.

Estou montando um DVD com umas fotos das crianças, para nós termos de lembrança desse ano. Quanta coisa aconteceu e eu nem tinha me dado conta! Quanta história! Quantas mudanças! E, principalmente, quanto desenvolvimento!

Hoje eu estava sentada fazendo contas com um deles e vi como ele fez pra descobrir a resposta de 11+8. Quanto orgulho! Acho que eu ainda não tinha parado para analizar o que esses pequenos já são capazes de fazer, graças a um trabalho de um ano inteiro.

Vou explicar minha surpresa: durante um ano letivo, o que se faz em um dia parece muito pouco. O que se faz em uma aula, em uma disciplina parece muito pouco. E é desse pouco que se constrói o conhecimento que essas crianças vão levar pra sempre...

Vi crianças que liam muito bem desenvolverem ainda mais a leitura; vi crianças aplicarem um conhecimento simples de fonemas para escrever suas idéias; vi crianças que não sabiam pegar em um lápis escrever um texto com sentido; crianças que não sabiam contar de 1 a 20 fazer contas como 37+40... tudo isso em 1 ano!

Ok, sou babona mesmo! Eu AMO meus pequenos e fico orgulhosa das coisas mais simples que eles fazem... Mas o que me chamou mesmo a atenção é que a forma como eles começam o ano é MUITO diferente da forma como eles terminam. Eles crescem, amadurecem; se desenvolvem! Suas personalidades, caráter, gostos e interesses vão sendo moldados. É lindo!!! :)

Isso me estimula a investir cada vez mais minhas forças na formação intelectual e espiritual dos pequenos. Esse ano, como nunca antes, eu vi como um trabalho que parece tão... sei lá, pequeno, pode ser determinante na vida de pessoinhas como eles. Da mesma forma, hoje eu percebo o quanto coisas que parecem muito pequenas podem fazer uma diferença enorme ao fim de um ciclo...

Não posso colocar foto deles aqui... Por isso, dessa vez não vai ter foto.

Bem, é isso. Vou morrer de saudade deles!!! Mas é assim, a cada ano, novos pequenos e novos desafios...

Rebeca Guedes

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tempo


Quanto tempo...

Muitas idéias, muitas coisas na cabeça. Deixei o blog um pouco de lado, pra colocar algumas coisas no lugar. Agora, seguindo em frente.

Na escola esses dias eu tive que mudar de turma por algumas semanas. Achei que fosse ser péssimo! Quando eu curto muito uma coisa, não quero que mude. E eu curto muito os meus pequenos! A idéia de deixá-los não era muito agradável... Como não teve jeito, troquei de Pequenos temporariamente!!!

Essa troca me fez enxergar as coisas por um ângulo diferente. Em primeiro lugar, me fez ver que, não importa onde eu estou, eu não mudo. A influência que eu exerço vai ser a mesma. A resposta que eu tive com as "novas" crianças foi tão positiva que eu me assustei! O carinho e respeito que eles demonstraram em tão pouco tempo comigo me fizeram refletir: é preciso alargar as fronteiras! E, além disso, me trouxe a segurança de que, quando as fronteiras forem alargadas, tudo vai ficar bem.

Em segundo lugar, quando eu achava que onde eu estava era o lugar certo, Deus veio com uma surpresa e mostrou que O lugar é Nele. Não é um lugar físico que vai ser determinante, mas Ele em mim e eu Nele.

Mudei só por quatro semanas; daqui há pouco eu já volto para os meus pequenos. Mas eu volto com uma nova perspectiva. Eu trabalho para uma geração e não para um grupo específico. Isso faz toda diferença!

O título desse post é Tempo e eu não tenho uma explicação mirabolante (!) para isso... Foi a palavra que me veio à mente e que continua martelando enquanto eu escrevo esse texto. Estou em Curitiba, no aeroporto, esperando alguém vir buscar a gente para a Conferência MaNiFeStO... O Bruno está roncando aqui do meu lado!!! :) E a palavra continua a ecoar na minha cabeça...

T
E
M
P
O

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Encaixando as Peças


Depois de tanto tempo, de volta ao meu cantinho...

Estava de férias. Não do blog, embora já tenha passado tanto tempo.

Já estou morrendo de saudade das minhas crianças na escola! Essa tal gripe...

Minha crise (entenda crise como questionamento!) atual é como ativar as crianças. Quero dizer na prática mesmo. Uma amiga esteve em um congresso para crianças nos EUA mês passado e contou como é lindo vê-las ativas em um momento de intercessão e adoração. E é mesmo! E como devem ser essas crianças em casa, na escola, com os amigos???

Trabalho com crianças para viver (ou vivo para trabalhar com crianças?!) e é incrível como elas podem ser tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes, individuais. Cada uma delas tem aptidões e interesses tão pessoais que assusta! Se uma é péssima em matemática, por exemplo, é excelente em falar em público. Outro se destaca no futebol, mas na hora de segurar um garfo...

São coisas simples e corriqueiras que mostram quem esses pequenos são e para onde estão indo. Como educadora, meu desafio pessoal é manter a chama dos dons acesa! Eles não podem abrir mão do que já sabem fazer naturalmente... Por que seria diferente no Reino?

Seria injusto determinar que uma criança de 5 anos não vai ser engenheira porque não é muito boa em matemática; algumas aptidões serão desenvolvidas ao longo da vida, através de tentativas e insistências. É dessa forma que eu entendo o papel das crianças no Reino: tentativas! Devemos estimular as tentativas. Elas vão "descobrir" quem são tentando, vivendo. Vão descobrir dons, talentos e serviços desde pequenas, o que vai dar a elas muito mais tempo para desenvolvê-los!

É isso que tem passado pela minha cabeça. No meu trabalho, eu procuro influenciar e moldar meus pequenos através de estímulos positivos, para que eles tenham confiança no que fazem e sentem. Quanto mais cedo essas crianças perceberem seu papel no meio em que vivem, mais rápido elas influenciarão o ambiente. Tarefa nada fácil, quando quase todo mundo pensa diferente...

Preciso confessar que tudo ainda é um desafio pra mim, como um quebra-cabeça. Eu vejo as peças, tenho uma idéia da imagem que ele vai formar, mas ainda estou no processo de montagem. As peças do quebra-cabeça estão sendo unidas. O problema é que parece que ninguém nunca montou esse aqui! Mas peça a peça, tudo vai ficando cada vez mais claro e mais desafiador...

Rebeca

Ps.: Noemi e Nanni... Gostaria mesmo de entrar em contato com vocês! Fico muito feliz em ver pessoas correspondendo ao que entendemos que Deus quer fazer através das nossas crianças. Mandem seus e-mails através do site do Rugido; manteremos contato! Abraços!!!

sábado, 23 de maio de 2009

Energia



As crianças só precisam de um ambiente propício, um ambiente livre, que as permita corresponder com a "energia" armazenada dentro delas.


Todo mundo não diz que criança tem energia que não tem fim? Eu concordo! Por que, então, enclausurá-las, tentando de todas as formas convencê-las a serem o que nós nunca conseguimos ser de verdade?!


Quer saber? Deixa as crianças liberarem essa energia com danças, balançar de bandeiras, tocar de instrumentos, saltos e tudo mais que só uma criança sabe fazer com tamanha perfeição. Às vezes pode parecer meio bagunçado, mas quem nunca fez bagunça e se divertiu com isso? Quem disse que criança não se diverte no momento de adoração?


Discipular crianças é mostrar a elas que, usando o que elas já sabem fazer, elas adoram ao Criador e trabalham para o Reino. É só uma questão de colocar pingos nos "i"s. Canalizar movimentos, impressões (figuras da imaginação), aptidões e desejos delas de forma a demonstrar como o Reino se move. Investir tempo, atenção e foco no que elas sentem, vivem e entendem. Se nós, adultos, damos atenção e valorizamos o que parte delas, mais ainda elas serão estimuladas a corresponder ao Espírito, mesmo sem entender completamente o que isso quer dizer. Para isso, um discipulado contínuo: para esclarecer tudo a seu tempo e corresponder às necessidades e questionamentos que virão. As crianças não vão aprender sozinhas os princípios do Reino. Elas vão nos ver vivendo esses princípios e vão copiar e entender com a nossa ajuda.


Crianças aprendem melhor e mais eficazmente a partir da experimentação. Em um ambiente onde a curiosidade delas é aguçada, onde elas podem tentar, sem medo ou receio de errar, sem formas ou padrões, há crescimento. É óbvio que no início elas apenas copiarão o que os adultos já fazem; isso é mais que normal! Mas quando elas se movimentam para copiar, o senso de curiosidade de tentar algo novo é mais forte e elas sempre vão além.


Lembra da energia? Não acredito que seja só uma coisa normal de criança...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Nascidos para Crer

Enfim, o ano começa. E já começa com uma expectativa absurda do que vem pela frente. A impressão que dá (e só se fala nisso!) é que as portas estão escancaradas à frente, mostrando a quantidade de trabalho que vem por aí. Então... mãos à obra!

Falando em portas... :) Bem, ele não tinha como saber mesmo!!!

De novo, o Paulo Vítor nos surpreendeu. Não digo que foi surpresa porque ele não é capaz... é que, pra quem o conhece, sabe que o que ele mais sabe fazer é ser criança! Daquelas que gostam de ficar de pé no chão, correndo (todo suado!) de um lado para o outro, sempre procurando o que fazer. Aliás, como eu moro em apartamento, quando ele vem aqui, resolve fazer o pufe de trampolim!!!

Anyway, ele fez esse desenho aqui embaixo:



No desenho, está Jesus (sim, o preto vestido de branco, com uma faixa vermelha!) acima de um véu e um candelabro. Acima dele? Uma PORTA!!! Uma porta com fogo dentro, que ele disse representar o céu.


Ok, é só um desenho, né... A surpresa não está no desenho em si. Ele talvez tenha tido uma visão, ou só usou da "imaginação" mesmo.
A surpresa foi essa: o desenho foi feito no dia 09 de Março, Segunda-feira. O Fabinho pregou sobre essa porta que está no desenho no Sábado, dia 14 de Março.


Eu até posso estar exagerando ou querendo muito fazer uma ligação com as duas coisas. Mas se faço isso é porque é o que eu tenho respirado ultimamente. Eu sonho em ver crianças vivendo e se relacionando com o mundo espiritual de forma natural e ativa.


De uns 2 meses pra cá, algumas coisas têm ficado mais claras em relação a estratégias e formas de trabalho. Nenhuma delas parece tão clara como a de fazer discípulos. Eu fico imaginando se eu posso influenciar tanto uma criança quanto outra criança influenciaria... As crianças que estão bem próximas são a chave para que as outras aprendam com a mesma naturalidade.


Não acho que todas as crianças devam ser sensíveis ou se expressarem como o Paulo Vítor. E essa, sinceramente, não é a minha preocupação. Elas só precisam aprender a acreditar no improvável... a enxergar da forma como Deus enxerga... a se preocupar com o que Ele se preocupa...


Será que alguém ainda acredita que isso é difícil para a mente de uma CrIaNçA??? :P